IV – O que é dinheiro? Títulos em papel.
Na história ocidental houve um movimento precursor aos bancos durante a idade média na Europa. Nesta época grandes comerciantes passaram a salvaguardar bens dos cidadãos e emitir títulos em papel que confirmavam o depósito. Da mesma forma os ourives, pessoas que fazem e vendem objetos de ouro, passaram a garantir pequenos depósitos em ouro. Com isso os ourives emitiam recibos comprovando que tinham recolhido aquele ouro.
Com o passar do tempo os recibos emitidos pelos ourives passaram a ter valor de troca. Diante disso naturalmente foram utilizados para efetuar pagamentos, e desta forma circulando de mão em mão deram origem à moeda de papel.
No fim do Século XVII surge o primeiro banco na Inglaterra, o Goldsmiths. O procedimento era semelhante ao dos ourives: O Goldsmith’s emitia “Goldsmith’s notes” a favor do seu cliente. Essas notas escritas a mão continham uma promessa de pagamento ao cliente. Da mesma forma o cliente poderia escrever ao Goldsmith’s pedindo-lhe que pagasse a outra pessoa.
Títulos modernos
Contemporaneamente Títulos em papel são emitidos por entidades públicas ou privadas a fim de arrecadar recursos. Em outras palavras um título é um papel de dívida da entidade emissora, que se compromete a devolver o dinheiro para o investidor no futuro acrescido de juros.
Títulos privados são geralmente emitidos por bancos, financeiras ou empresas. Há algumas diferenças importantes entre cada um dos títulos privados, como regras diferentes de tributação, níveis distintos de risco, etc. Por isso, é importante estudar em detalhes o investimento que te interessa e entender as regras que se aplicam em cada caso. Abaixo, temos um esquema com o resumo das informações de cada tipo de título privado disponível no mercado.
Os títulos públicos são ativos de renda fixa emitidos pelo Tesouro Nacional para financiar a dívida pública nacional. Eles possuem diversas características que o investidor brasileiro adora, como a grande previsibilidade de retorno, liquidez diária, baixo custo, baixíssimo risco de crédito, e a solidez de uma instituição enorme por trás.